Guerreiros são soldados que são treinados para lutar em guerras, para usar armas, para obedecer cegamente, sem questionamentos, a todos os níveis superiores. Isso, aliás, dentro de uma hierarquia rígida, com normas e regulamentos tão ou mais rígidos, cheios de proibições, obrigações e penalidades – e tendo um país ou nação como “desculpa” máxima para seguirem toda essa estrutura.
A vida não é uma guerra, nem é feita de batalhas. A vida é uma sucessão interminável de acontecimentos, de caminhos, de desvios, de alternativas, de escolhas, decisões, resultados, consequências para os quais deveríamos ter sido preparadas desde tenra idade, por nossas mães, pais, avôs, avós, irmãos, irmãs e familiares em geral.
Se observarmos a natureza, veremos que os animais costumam fazer isso: ensinam a suas crias como fazer as escolhas, a protegerem-se, a atacarem quando necessário, a relaxarem sem deixar de estar alertas, a colaborar uns com os outros, a assumir riscos previamente avaliados e a aceitar e lidar da melhor maneira possível com as consequências resultantes. Isso é vida, não é guerra.
Assim nós, humanos, devemos educar nossas crias, para que cresçam fortes, autônomos, bem-sucedidos. Até porque, ser bem-sucedido não é ser rico, morar numa mansão e ser prisioneiro do consumismo e do dinheiro. Ser bem-sucedido é saber viver em ambientes amigáveis e sobreviver em ambientes hostis, extraindo bem-estar e felicidade em qualquer um deles, desfrutando o melhor em ambos.